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Breve histórico das edições anteriores

O Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado e Doutorado da Universidade Católica Dom Bosco, por meio da Linha III, “Diversidade Cultural e Educação Indígena”, tem se constituído como um importante espaço de discussão acadêmica sobre a construção das identidades/diferenças culturais, com destaque para as identidades indígenas e afrodescendentes e outras identidades, como dos movimentos sociais populares e gênero, entre outras. Neste sentido, para ampliar este espaço de discussão e estabelecer um diálogo com outras instituições e pesquisadores em âmbito nacional e internacional, visando solidificar redes de pesquisas e de socialização de experiências, que contribuam para a criação de relações interculturais, o Programa, em conjunto com o Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas, NEPPI, e o Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Local – Mestrado e Doutorado vêm promovendo, desde 2002, SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS, sob o tema geral: FRONTEIRAS ÉTNICO-CULTURAIS E FRONTEIRAS DA EXCLUSÃO. O primeiro, realizado em setembro de 2002, teve como foco central o desafio da interculturalidade e da equidade. Esse primeiro seminário teve um total de 322 inscritos. Destes, 62 participaram de Grupos de Trabalho (GTs), apresentando suas pesquisas. Um total de 17 conferencistas e palestrantes, oriundos de oito instituições acadêmicas do país e de três instituições do exterior participaram através de conferências e mesas-redondas. O segundo seminário, realizado em setembro de 2006, com mais de 300 participantes, discutiu as práticas educativas em contextos interculturais. Os trabalhos no evento foram organizados em nove GTS, nos quais foram apresentados 84 trabalhos, tendo sido realizadas, ainda, 13 mesas redondas, conferencia e palestras simultâneas. Esse 2º Seminário contou com a parceria e a participação das seguintes instituições UFRJ, UNISINOS, UFMS, UCDB, UEMS, UFGD, UFAM, UFSC, UFRRJ, UNAES, UFF, CEPAG/PARAGUAI e BOLIVIA. O terceiro, realizado em setembro de 2008, teve mais de 300 participantes, centrou suas atenções no tema, As identidades/diferenças em contextos culturais pós-coloniais, com ênfase especial nas identidades/diferenças indígenas, nas identidades/diferenças afrodescendentes e nas identidades/diferenças em movimentos sociais populares. Nessa edição do evento, foram apresentados 92 trabalhos em seis GTs, além de três conferências e um número igual de mesas-redondas. Assim como nas duas primeiras edições, o terceiro seminário contou com os parceiros e participantes das instituições já citadas e ampliou as participações de pesquisadores de outros estados, notadamente do nordeste. O quarto seminário, realizado em setembro de 2010, com mais de 300 participantes, centrou suas discussões no tema, A escola como espaço/tempo de negociação das identidades/diferenças, enfatizando as negociações indígenas, afrodescendentes e de movimentos populares. Nessa edição foram apresentados 196 trabalhos em oito GTs, além de três conferências e duas mesas-redondas. Assim como nas\três primeiras edições, o quarto seminário contou com os parceiros e participantes das instituições já citadas e ampliou as participações de pesquisadores de outros estados, com destaque para a região norte. O quinto seminário realizado em setembro de 2012, contou com mais de 300 participantes, teve como temática central inter/multiculturalidade e formação de educadores. Nesse evento foram apresentados 157 trabalhos distribuídos em 9 GTs, além de cinco conferências. O sexto seminário, realizado em setembro de 2014, também contou com mais de 300 participantes, teve como temática central, Relações étnico-raciais, gênero e desigualdade social na educação. Nesse evento foram apresentados 156 trabalhos completos. Novamente destaque-se a participação das instituições parceiras. O sétimo seminário, realizado em setembro de 2016, também contou com mais de 300 participantes e novamente teve como temática central, Relações étnico-raciais, gênero e desigualdade social na educação. Nesse evento foram apresentados 56 trabalhos em nove Grupos de Trabalho. Cabe destacar que, em todos os seminários verificou-se a ativa e ampla participação de acadêmicos índios e afro-brasileiros. Desde 2006, o evento vem adquirindo uma periodicidade fixa, sendo realizado a cada dois anos. Os eventos já realizados resultaram em publicações de dossiês em periódicos especializados em antropologia e educação como o caso das Revistas Série-Estudos e Tellus, ambas de larga circulação nos meios acadêmicos. Em 2015 foi publicado um livro intitulado, Inter/multiculturalidade, relações étnico-raciais e fronteiras da exclusão, fruto das palestras e conferências proferidas nos seis eventos fronteiras. O livro foi lançado no VII Fronteiras. Em 2016 foi publicado o livro, Relações étnico-raciais, gênero e desigualdade social na educação, também com textos de palestrantes do evento. Está em edição, o livro Currículo, diferenças e fronteiras da exclusão: relações étnico-raciais e de gênero, com participantes do VII Fronteiras. O VIII Seminário Internacional Fronteiras Étnico-Culturais e Fronteiras da Exclusão terá como foco central outros currículos e outras epistemologias. Problematizar os currículos e as epistemologias em sua articulação com as fronteiras étnico-culturais e as fronteiras da exclusão, é relvante, pois, as pesquisas indicam que a forma com a epistemologia de articula com o currículo interfere diretamente no processo de construção das identidades/diferenças culturais, bem com nas fronteiras étnico-culturais e da exclusão. As relações sociais ainda tendem a ser analisadas segundo a epistemologia moderna e   hegemônica, produzindo as identidades dos sujeitos que não pertencem a ela, como desviantes, patológicas e anormais. Notadamente os grupos que tem sofrido com a epistemologia hegemônica (branca, heterossexual, classe média/alta) são os grupos indígenas, afrodescendentes, homossexuais, movimentos populares. Nesse sentido, assim como nos sete eventos anteriores, as lutas, resistências, subversões, produções, alternativas (curriculares e epistemológicas) desses grupos serão o foco central do evento.

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